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O dia em que o TikTok parou: estratégias digitais em tempos de incerteza

Ιανουάριος 31. 2025

A essa altura, não é novidade para ninguém que o mundo digital está em constante movimento. As mudanças no comportamento do consumidor, a evolução das plataformas e as políticas de governança podem transformar completamente o cenário de negócios da noite para o dia. 

Nesse sentido, uma característica fundamental desse universo é a sua imprevisibilidade: o que é tendência hoje pode ser irrelevante amanhã. O que funciona de uma forma pode ser barrado em minutos. E, no fim das contas, é o inesperado que sempre acaba sendo o maior desafio para as marcas que dependem do ambiente digital para suas estratégias de marketing.

Um exemplo recente ilustra como essa volatilidade afeta diretamente as estratégias das empresas: o banimento do TikTok nos Estados Unidos. Por pouco mais de 24 horas, o aplicativo de vídeos curtos esteve à beira de ser permanentemente removido do mercado americano, deixando em total incerteza milhares de marcas que baseiam suas campanhas e interações com o público na plataforma. Se o banimento tivesse sido definitivo, muitas dessas empresas teriam que repensar toda a sua abordagem digital, adaptando-se rapidamente a uma nova realidade.

Este caso é apenas um dos muitos exemplos de como o digital nunca dorme. Em tempos de incerteza, onde as plataformas e suas regras podem mudar repentinamente, a capacidade de adaptação das empresas se torna essencial. Afinal de contas, no mundo digital, a flexibilidade não é apenas uma vantagem competitiva, e sim uma necessidade estratégica para sobreviver e prosperar. 

Neste contexto, vamos explorar como as marcas podem se preparar para o imprevisto e transformar desafios em oportunidades. Vem conosco?

O Caso TikTok: o que aconteceu e por que isso importa para as marcas?

Em janeiro de 2025, o TikTok, uma das plataformas mais populares do mundo, foi temporariamente banido nos Estados Unidos. O motivo? Uma disputa legal envolvendo questões de segurança nacional e a alegação de que a ByteDance, empresa controladora do aplicativo, estaria compartilhando dados de usuários americanos com o governo chinês. 

Apesar do impacto temporário do banimento, a decisão gerou grande incerteza sobre o futuro da rede social no mercado norte-americano, um dos maiores do mundo, com milhões de usuários ativos e incontáveis marcas utilizando a plataforma para estratégias de marketing e vendas.

Esse banimento, embora tenha durado menos de 24 horas, colocou em evidência o risco que as empresas correm ao basear grande parte de suas operações digitais em uma plataforma que, por fatores políticos ou legais, pode ser interrompida a qualquer momento. Empresas que investem pesadamente em campanhas de marketing no TikTok — como marcas de moda, tecnologia e até mesmo gigantes do e-commerce — ficaram à deriva, sem saber se deveriam continuar suas ações de longo prazo ou se adaptar rapidamente a outras plataformas, caso o banimento fosse definitivo.

Para muitas dessas empresas, o TikTok representa não apenas um canal de marketing, mas uma fonte de vendas direta, engajamento com os consumidores e até mesmo uma maneira de definir sua identidade de marca. A imprevisibilidade de um banimento pode resultar em uma queda brusca nas vendas e na perda de conexão com um público-alvo jovem e altamente engajado, impactando tanto a reputação da marca quanto a performance financeira.

Essa situação não é isolada. Em 2024, o Brasil também experimentou um evento semelhante com o X (antigo Twitter), quando o Supremo Tribunal Federal determinou o bloqueio temporário da rede social no país. Assim como o TikTok nos EUA, o X foi alvo de questões legais relacionadas ao descumprimento de regras judiciais, e sua retirada das plataformas de acesso no Brasil afetou milhões de usuários e empresas. Para marcas que utilizavam o X para interagir com seus consumidores, o bloqueio foi um sério contravento, forçando-as a reconsiderar a relevância dessa rede social em suas estratégias digitais ou buscar alternativas, como o Threads ou o Bluesky, para manter sua presença digital.

Esses dois casos destacam um ponto crucial: o risco de depender excessivamente de uma plataforma única. O impacto de um banimento, seja temporário ou permanente, pode ser devastador para a continuidade das estratégias de marketing e de vendas de uma empresa. Portanto, o que fica claro é que, no cenário digital de hoje, a adaptabilidade e a diversificação são fundamentais para garantir a estabilidade e a continuidade de negócios, independentemente das turbulências externas.

How to Post on Multiple Platforms

O perigo de se depender de uma única plataforma

No mundo digital contemporâneo, muitas marcas se concentram em uma ou poucas plataformas para suas estratégias de marketing e vendas, seja por conveniência, custo ou potencial de alcance. Embora isso possa parecer vantajoso, há uma série de riscos associados a depender excessivamente de uma única plataforma para estabelecer a presença digital de uma marca. As mudanças de algoritmos, interrupções e até mesmo o risco de banimento podem comprometer gravemente as estratégias digitais.

Não é para menos: quando uma marca depende exclusivamente de uma plataforma para comunicar-se com seus consumidores, ela corre o risco de se tornar vulnerável a eventos inesperados. Mudanças que podem parecer simples para o usuário, como ajustes nos algoritmos das redes sociais ou alterações nas políticas de monetização, podem ter um impacto profundo no desempenho da marca.

Vamos conferir alguns cenários:

  • Mudanças no algoritmo: Plataformas como Facebook e Instagram, por exemplo, frequentemente alteram seus algoritmos, afetando a visibilidade de publicações orgânicas. Um post que antes poderia alcançar milhares de usuários, de repente, perde seu alcance, e a marca fica obrigada a investir mais em publicidade paga para atingir o público desejado.
  • Banimentos ou restrição de acesso: Como vimos com o TikTok nos EUA e o X no Brasil, plataformas podem ser banidas ou ter o acesso limitado em certos países. Esse tipo de acontecimento pode interromper a comunicação com um público chave da noite para o dia.
  • Interrupções temporárias: Além de banimentos, as redes sociais também enfrentam quedas temporárias de serviço. O Twitter, por exemplo, já enfrentou várias falhas de servidor, o que resultou na paralisação de interações e campanhas de marketing, afetando diretamente o engajamento da marca.

O impacto dessas interrupções pode ser devastador para empresas que não possuem uma estratégia diversificada. Quer conhecer um cenário muito comum? Muitas lojas online têm no Facebook e Instagram seus principais canais de vendas. Quando o algoritmo do Instagram foi ajustado para priorizar conteúdos de amigos e familiares em detrimento de posts comerciais, empresas viram suas vendas despencarem. 

Em 2018, por exemplo, o Facebook fez uma alteração em seu algoritmo que passou a priorizar conteúdo de amigos e familiares dos usuários. O resultado? Uma queda instantânea de 52% no alcance orgânico dos perfis de marcas.

O fato é: a dependência de uma única plataforma não apenas limita o alcance de uma marca, mas também pode prejudicar sua resiliência em tempos de crise. Ao diversificar canais e estratégias, as empresas podem reduzir os riscos associados à volatilidade do ambiente digital e garantir uma presença mais estável e consistente.

Confira algumas dicas para diversificar seus canais de comunicação:

  • Invista em múltiplas plataformas: Ao não depender de um único canal de comunicação, a marca tem mais liberdade para testar diferentes abordagens e adaptar-se rapidamente.
  • Crie uma lista de e-mails e uma base de dados própria: Uma base de clientes própria oferece maior controle sobre a comunicação, independente das plataformas.
  • Explore canais emergentes: Experimentar novas plataformas (como Threads, Bluesky, ou até canais menos tradicionais, como podcasts e newsletters) pode proporcionar novas oportunidades para alcançar diferentes públicos.

Diversificar os canais digitais e as estratégias de marketing é fundamental para reduzir os riscos de interrupções inesperadas e garantir que sua marca se mantenha relevante e engajada com o público, independentemente do que aconteça no cenário digital.

Protegendo-se das imprevisibilidades: o papel crucial do seu site

Enquanto o futuro de plataformas digitais como o TikTok segue incerto, uma das formas mais seguras de garantir que sua marca continue sólida é investir no seu próprio site. Ter um espaço online próprio, afinal de contas, oferece controle total sobre sua presença digital, sem depender de decisões externas que podem impactar seu alcance e visibilidade.

Aproveitar um site bem estruturado não só permite que você se proteja de imprevistos, mas também maximiza as conversões ao proporcionar uma experiência personalizada e fluída para os seus visitantes. Leia nosso artigo sobre como aumentar conversões e impactar seu público na web, abordamos estratégias práticas para transformar seu site em uma poderosa ferramenta de vendas e engajamento.

Resiliência digital: como se preparar para o imprevisível

Em um cenário digital cada vez mais volátil, as empresas precisam adotar estratégias que as tornem resilientes diante das incertezas. A chave para enfrentar crises digitais não está apenas em reagir, mas em se preparar para o inesperado — e, para isso, vamos conferir abaixo algumas dicas de como você pode se colocar à frente das mudanças.

Invista em múltiplas plataformas

Como já vimos nos parágrafos anteriores, confiar exclusivamente em uma única plataforma pode ser arriscado: mudanças de algoritmo, políticas de privacidade e até interrupções inesperadas podem afetar o alcance e a eficácia de suas ações. Por isso, investir em múltiplas plataformas, como redes sociais, motores de busca e canais de conteúdo, é crucial. 

Estar presente em mais de uma frente oferece maior segurança, pois a perda de visibilidade em um canal pode ser compensada por outro, garantindo que sua marca continue conectada ao público.

Construa canais próprios

A dependência de plataformas externas pode ser um fator limitante para o controle sobre a comunicação com seus consumidores. Construir canais próprios — como sites, listas de e-mails e aplicativos — oferece a possibilidade de cultivar um relacionamento direto e sem intermediários. 

Além disso, essas ferramentas permitem um nível de personalização e autonomia que não se encontra nas redes sociais. Um site otimizado, por exemplo, pode ser a base para ações de SEO, marketing de conteúdo e e-commerce, criando um ambiente robusto para a marca e aumentando as oportunidades de conversão.

Priorize um mix de ações online e offline

Embora a transformação digital seja inegável, os canais tradicionais ainda têm seu valor, especialmente quando combinados com ações online. Um mix de estratégias que combine o digital com o offline — como eventos físicos, promoções em pontos de venda ou campanhas de mídia tradicional — cria uma abordagem omnicanal que reforça a presença da marca em diferentes frentes. 

Ao adotar essa abordagem, as empresas podem se conectar com públicos variados, além de garantir uma experiência de marca mais completa e impactante.

Acompanhe tendências regulatórias e tecnológicas

Outra forma de garantir a resiliência digital é se manter atento às mudanças nas tendências regulatórias e tecnológicas. A conformidade com as leis de privacidade, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), e as atualizações constantes dos algoritmos de busca são fundamentais para evitar penalidades e quedas inesperadas de performance. 

Além disso, ao acompanhar inovações tecnológicas, você abre espaço para que sua marca se antecipe a novas oportunidades de mercado, como o uso de inteligência artificial, AR/VR e novas plataformas de engajamento.

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Exemplos de empresas que souberam se adaptar a crises digitais

A habilidade de se adaptar rapidamente a crises digitais pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso no mercado atual. Aqui estão alguns exemplos de empresas que não só enfrentaram desafios, mas também usaram essas dificuldades como uma oportunidade para se reinventar:

  • iFood. Durante a pandemia, o iFood não apenas ampliou seus serviços de entrega, mas também inovou com novas funcionalidades, como a criação de espaços dentro do aplicativo para pedidos de mercado e farmácias. Além disso, a empresa reforçou suas parcerias com restaurantes locais, oferecendo-lhes ferramentas de marketing digital para promover seus serviços de forma mais eficaz. A capacidade de se adaptar rapidamente a novas demandas e a flexibilidade de suas soluções foram cruciais para manter a fidelidade dos consumidores e atrair novos usuários.
  • Wellhub. Com o fechamento das academias devido ao distanciamento social, o Wellhub (então conhecido como Gympass) rapidamente se adaptou ao novo cenário digital. A empresa expandiu sua oferta para incluir aulas virtuais e sessões de bem-estar mental, além de fornecer conteúdos digitais exclusivos para seus clientes. A mudança não apenas manteve a relevância da marca durante a pandemia, mas também ajudou a solidificar sua posição como uma solução integral de bem-estar, indo além da simples oferta de academias físicas.
  • Magazine Luiza. O Magazine Luiza foi um exemplo notável de adaptação digital, não apenas aprimorando sua plataforma de e-commerce, mas também impulsionando o uso de tecnologia para personalizar a experiência do cliente. A empresa investiu em inteligência artificial para recomendar produtos de maneira mais precisa e adotou o modelo de vendas por meio de redes sociais, com foco em lives e influenciadores. Além disso, a expansão de seus canais de atendimento, como WhatsApp, e a integração com marketplaces, permitiram que a marca se mantivesse próxima de seus consumidores durante a crise.
  • Zoom. Uma das histórias de maior sucesso durante a crise digital causada pela pandemia, o Zoom viu sua base de usuários explodir devido à necessidade de ferramentas de videoconferência para trabalho remoto e educação online. A empresa não apenas manteve sua plataforma estável, mas também respondeu rapidamente a novos desafios de segurança e usabilidade. A implementação de novos recursos, como a integração com outras ferramentas de produtividade e a melhoria na interface, garantiu que o Zoom se tornasse a plataforma de escolha para empresas e escolas em todo o mundo.
  • Nike. Durante a pandemia, a Nike focou na experiência digital para engajar seus consumidores, com destaque para o aumento de funcionalidades no aplicativo Nike Training Club e Nike Running Club, que se tornaram essenciais para quem buscava alternativas para atividades físicas em casa. Além disso, a marca intensificou seu uso de dados e insights para personalizar campanhas de marketing e ofertas para os consumidores, além de continuar seu processo de transformação digital ao reforçar o e-commerce e estreitar a comunicação com os clientes através de plataformas como Instagram e TikTok.

Esses exemplos destacam a importância de agilidade e inovação para as marcas que desejam sobreviver e prosperar em tempos de incerteza digital. O sucesso dessas empresas ilustra como a diversificação de canais, a personalização da experiência do cliente e a adaptação rápida às novas demandas podem se transformar em grandes oportunidades, mesmo nas situações mais desafiadoras.

Concluindo: adaptar-se não é uma opção — é uma necessidade

A adaptabilidade deixou de ser uma vantagem competitiva e se tornou uma exigência para as empresas que desejam se manter relevantes no cenário digital atual. A rapidez com que as mudanças acontecem – sejam tecnológicas, sociais ou econômicas – exige que as marcas estejam preparadas para agir de forma ágil e estratégica. 

O caso do TikTok é um exemplo claro de como um imprevisto pode abalar até as plataformas mais consolidadas, lembrando-nos da importância de estarmos sempre prontos para o inesperado.

Se sua empresa ainda não se preparou para os desafios do futuro digital, agora é o momento de agir: a CMLO&CO está aqui para ajudar a desenvolver estratégias personalizadas que garantam resiliência em tempos de incerteza.  Entre em contato para explorar como podemos ajudar a adaptar suas táticas de marketing e minimizar os riscos associados à imprevisibilidade do mercado.

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